Quando eu era criança, lembro que em dezembro eu queria ir às igrejas (minha mãe sempre me levava a algumas, nesta época!) para ver o presépio.
Primeiro fazia o sinal da cruz e um momento de silêncio... Depois ficava reparando em cada detalhe do presépio e olhava com devoção para o menino na manjedoura. Que lindo! Como era, e ainda é, emocionante ver a representação daquela cena sagrada!
Tínhamos o nosso presépio em casa, bem simples, mas arrumado e mantido com muito carinho.
Hoje as crianças (de todas as idades), são “torpedeadas” por todos os lados pela figura do papai Noel.
Ele está ostensivamente presente em todos os lugares (vitrines, ruas, shoppings, casas, revistas, jornais, anúncios de tv), todos os anos, cada vez mais cedo. Nestes últimos anos, podemos vê-lo a partir do mês de outubro!
Na praça central de todo shopping, dificilmente não haverá um trono para o papai Noel, com o “bom velhinho” sempre a postos, distribuindo sorrisos, oferecendo colo e prometendo um presente.
Enquanto isto, na nossa igreja, o que se vê é um presépio sem menino Jesus! Um presépio sem sua figura principal!
Se o presépio é a representação do nascimento de Jesus... e se Ele não está... o que Maria, José, os pastores, ... estão fazendo ali, naquela posição? Reverenciando um berço vazio?
Ah!...é para representar a nossa espera pela sua chegada!
... mas Ele não está junto de nós todos os dias, todos os momentos? Achei que sim. Jesus está presente em nossos corações, em nossas vidas, todos os dias – pelo menos deveria estar.
Estamos perdendo muito espaço! Um precioso espaço no coração e na lembrança de muitas crianças. Que pena!
Sandra Aguiar