A tradição natalina, determina a duração das decorações de natal em torno de um mês e meio, que se encerra em 6 de Janeiro, Dia de Reis, quando os enfeites são retirados da árvore e guardados para o ano seguinte.
Nas organizações, diferentemente dos lares das pessoas em que nelas trabalham, a árvore natalina transcende os costumes do Cristianismo, e transformou-se em símbolo de união em torno de ideais e valores supra-religiosos e universais de paz e boa vontade entre os seres humanos.
Complementadas por confraternizações, trocas de presentes, gera-se, nesta época, um clima de harmonia entre áreas, de planos para um futuro de paz, projetados sobre cada enfeite colocado nas árvores de natal.
Artificiais ou naturais, de espécies e tamanhos variados, com luzes americanas ou chinesas, decoradas por bolas ou outros adornos, há um ponto em comum neste ritual - toda decoração tem um prazo de validade definido.
Olhando uma árvore dessas, das pequenas e simples, às imensas e ricas, encontramos pontos em comum: sua base, seu tronco, seus galhos, seus enfeites, suas luzes e sua ponteira no alto.
A base quando de árvores naturais, envolvem a terra que alimenta o ser sustentado. Mesmo quando artificial, ela representa a cultura, as memórias e história da organização - essenciais para a transmissão de valores às novas gerações.
A base quando de árvores naturais, envolvem a terra que alimenta o ser sustentado. Mesmo quando artificial, ela representa a cultura, as memórias e história da organização - essenciais para a transmissão de valores às novas gerações.
Os galhos, rígidos por moldes plásticos ou predestinados pela genética de sua espécie, buscam expandir-se ao longo da projeção do tronco, para projetar as individualidades das pessoas que trabalham na organização. Elas moldam e definem o perfil do conjunto. Dispostas simétrica ou aleatoriamente, buscam a luz que faça a fotossíntese de resultados e realizações ou a visibilidade de sua personalidade.
Presos aos galhos, as folhas, de polietileno ou de células clorofiladas, captam o reflexo de luzes de néon ou de janelas entreabertas de persianas corporativas. Aos mesmos galhos, prendem-se os enfeites. Cada um poderia representar hábitos, condutas, contratos interpessoais, ostentando uma estética de frutos, carregados de significado para as relações mais harmoniosas entre aqueles que fazem parte da instituição.
Talvez com novas lentes poderíamos ver:
A bola vermelha da Empatia - a disposição de ouvir e se colocar no lugar do outro, de esforçar-se para entendê-lo, partindo de suas premissas, para poder efetivamente se comunicar.
O enfeite que reproduz um brinquedo ingênuo de criança, poderia ser o do feedback para as pessoas, ao invés da arma delinqüente, que fala (mal) das pessoas para outros - menos para aquele que é diretamente envolvido.
O adorno de Papai Noel, pode representar a disposição de negociações internas do tipo Ganha-Ganha, que geram energia para todos envolvidos.
Algumas árvores trazem também um sino que poderia soar como o perdão para as desavenças passadas, naturais sobre as pressões do dia-a-dia, cada vez mais estressante.
E finalmente, acima de toda a árvore, a ponteira. Geralmente a estrela maior, iluminada, resplandecente do potencial de todos colaboradores que dão sentido à árvore organizacional. A ponteira refletiria o brilho das luzes de incentivo e motivação dos colegas e líderes.
Como seria bom se as árvores de Natal não fossem apagadas, dobradas, descartadas ou guardadas por 330 dias por ano...
Será que todos os penduricalhos reluzentes afixados à árvore verde, azul, branca ou amarela, não manteriam acesos o espírito positivo de se dar e querer bem, para uma vida corporativa com mais qualidade - uma empresa boa para se viver?
Feliz Árvore de Natal do Ano Inteiro!
Fonte: uol.com/Roberto Santos